segunda-feira, 6 de abril de 2009

OBSERVE E VERÁ

Voltei à oficina hoje, na parte da manhã. Renato estava no canto arrumando as ferramentas calmamente. Eu entrei no estabelecimento e fui em sua direção. Ele me viu chegando e me cumprimentou ainda lembrando-se do meu nome. Desta vez eu não usava nome nem identidade falsa. Fui como eu mesmo, com a desculpa de queria comprar um carro. Achei que seria a melhor forma.

Apertei sua mão e ele me convidou para conversar em um bar ao lado da oficina. Pedi um café com leite e ele também. Comentei sobre o carro que queria comprar. Disse que era de um velho amigo, que morava na zona norte, e gostaria de saber qual era a situação do veículo. Ele falava pouco e concordava com a cabeça. Não estabeleci uma data certa para a vistoria, mas expliquei a Renato que ele precisaria pegar o carro comigo para trazer à oficina. Perguntei quanto ele cobraria pelo trabalho. Ele pensou um tempo e me cobrou um pouco mais do que seria justo. Pensei em pechinchar, mas resolvi deixar o peixe na rede.

Falei que queria ir de táxi e que poderíamos ir juntos. Eu comentei. – Eu moro aqui perto, na rua General Jardim, posso marcar para o táxi vir nos encontrar aqui na oficina.

Ele não esboçou nenhuma reação ao nome da rua da ex-namorada, só concordou com a cabeça. Eu disse que ligaria para ele. Depois disso, eu desci a rua rumo a minha casa. Durante toda a conversa ele estava aéreo e não parecia ligar muito para o trabalho. O que será que aflige Renato? Vou ligar para ele nos próximos dias e marcar uma data para nosso encontro.

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